O fundamento da fé cristã é a Ressurreição de Jesus Cristo. Como escreveu São Paulo Apóstolo, “se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé” (1Cor, 15,14). A Semana Santa é, pois, vivida com seriedade e profundo respeito pelos católicos do mundo inteiro, como a grande semana do ano. Nela, revivem-se os passos de Jesus, desde sua entrada em Jerusalém, sobre o lombo de um burrinho (Domingo de Ramos), até sua paixão, morte e ressurreição atualizadas no tríduo pascal (quinta, sexta e sábado à noite).

A Páscoa acontece no sábado à noite, sim! Após um rito litúrgico que faz memória desde a criação do mundo, em Gênesis, passando pela libertação do povo do Egito em Êxodo no Antigo Testamento, pelo nascimento de Jesus no Novo Testamento, por sua via dolorosa até a ressurreição, aí então a Igreja celebra a Páscoa, acendendo-se as luzes do templo e cantando de volta o “Aleluia”, que estava suprimido das celebrações durante toda a Quaresma.

Então, o domingo não é Domingo de Páscoa? É sim. Na verdade, o domingo é o 1º Domingo da Páscoa. O tempo pascal vai se estender até Pentecostes, 50 dias após a ressureição do Senhor. “Celebrar a Páscoa é sentir Jesus Cristo sempre vivo, iluminando nossa existência de seguidores dele como peregrinos da esperança”, diz o vigário geral da Arquidiocese de Olinda e Recife, monsenhor Luciano Brito, reforçando que “a Páscoa passa pela cruz, por isso é bom  lembrarmo-nos do que falava São João Paulo II: ‘O homem da Sexta-feira Santa, crucificado e morto no altar da cruz, é o mesmo homem do Domingo de Páscoa, do sepulcro vazio, ressuscitado, vivo para todo o sempre’”.

Perdão dos pecados

Antes da Semana Santa, os 12 vicariatos territoriais da Arquidiocese de Olinda e Recife promovem Mutirões de Confissões, para que os fiéis recebam o Sacramento da Reconciliação e vivam a Semana Santa em “estado de graça”. A Igreja pede que os católicos se confessem, ao menos, uma vez ao ano – por ocasião da Páscoa do Senhor. O Sacramento é oferecido todas as semanas nas paróquias, mas para atender ao grande número de fiéis que procuram o perdão dos pecados neste período, é preciso organizar os mutirões, colocando cerca de oito ou dez padres à disposição, na mesma igreja e no mesmo horário, para que não haja grandes filas de espera.